C | A minha vida dava um filme #1

Andava com ideias de escrever sobre assuntos mais sérios.

Não sabia bem por onde pegar. Queria dizer tanta coisa, passar-vos tanta informação que não sabia muito bem, o que dizer, como dizer e o que filtrar.

Nos últimos meses iniciei a minha vida profissional. Deixei de lado as explicações e comecei uma fase da minha vida que incluía horários certos, dias fixos, salário concreto ao final do mês.

Foi muito difícil iniciar esta fase e por isso, todas as pequenas conquistas foram sempre muito celebradas.

A oferta para licenciados é simples: oferecem-se estágios, muitas vezes não remunerados ou com uma remuneração ridícula, a recém licenciados, com mestrado e médias altas.

Apesar de toda a dificuldade que encontrei nestes dias, consegui e há pouco tempo fechei um ciclo de um ano e um mês de trabalho.

Decidi sair da empresa que me acolheu e que me proporcionou o meu primeiro ano de experiência de trabalho. Não foi de todo o emprego de sonho, com as melhores condições e a melhor experiência. Porém, foi a experiência que eu precisava para entrar no mundo profissional, treinar os meus nervos, ansiedades e testar-me ao mais alto nível.

Descobri muitas coisas sobre mim que desconhecia: sou calma! Nunca me tinha apercebido desta minha faceta. Sou, admito, uma pessoa stressada que vive tudo no limite, dando tudo ao que faço. Vivendo nessa agitação rotineira, achava impossível ser uma pessoa calma. No entanto, sou. Ou tornei-me.

Ao longo deste ano meti muitas coisas em causa. Cheguei mesmo a pensar que pessoa era esta que me tinha tornado. Os meus dias tornaram-me mais cinzentos e poucos eram os momentos que tinha em verdadeira alegria. Sei que não somos sempre felizes, mas os meus momentos de felicidade tornaram-se escassos. Deixei de ser uma pessoa constantemente alegre e positiva. Tive de parar para pensar... Era nesta pessoa que eu me queria tornar?

O cansaço acumulado poderia ser razão para tudo isto, mas a verdadeira razão era o ambiente em que vivia.

Tomei a decisão de procurar um novo emprego. Desta vez não ia atirar em todas as direcções, mas naquelas que sabia que gostaria de trabalhar. Fui outra vez a um rol de entrevistas, não tantas como há um ou dois anos. Passei em testes, em fases... e continuo à espera de algumas respostas.

Até que recebi uma chamada que mudou a minha vida.

Tinha sido aceite numa outra empresa, onde gostaram de mim e valorizaram-me de uma maneira que eu não estava habituada.
Desde daí a minha atitude mudou. Informei me de todos os passos que tinha de dar para rescindir o contrato que tinha, procurei deixar as minhas coisas claras e arrumadas para que  as pessoas que nelas pegassem não tivessem dúvidas...

Hoje, concluo um mês num novo sítio.
Nunca as experiências dos meus amigos fizeram tanto sentido. Afinal, há pessoas simpáticas, bondosas, que nos ensinam e nos passam conhecimento. Afinal, há trabalhos perfeitos, em que fazes o que gostas e és reconhecida por isso...

Fonte

O que quero com este texto é mostrar-vos que é possível mudar, e para melhor!
Não se acomodem ao que têm e não se fechem em algo que não gostem.
Há coisas boas, muito boas, e a vida é para ser vivida da melhor maneira!

Só precisamos de arrumar as ideias, levar o melhor que temos e partir à aventura!